Com 3350 anos, a “Oliveira do Mouchão” é considerada a árvore mais antiga de Portugal.
Ramsés II reinava no Antigo Egito quando, nas proximidades de Abrantes, despontava a “Oliveira do Mouchão”. A “Oliveira Velha”, como também já foi chamada, assistiu à passagem de fenícios, celtiberos e romanos, entre outros povos, pelo território que hoje é a vila de Mouriscas. É considerada a árvore mais antiga em Portugal, de acordo com um método científico desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O tronco da velha “Oliveira do Mouchão” eleva-se a mais de três metros. Para o abraçar são precisas cinco pessoas, pois o seu perímetro à altura do peito mede cerca de 6,5 metros. Apesar da idade grandiosa, esta oliveira continua a produzir azeitonas.
A árvore é também um marco da cultura e tradições locais: os pescadores costumavam reunir-se junto da oliveira, que era uma espécie de linha de partida numa corrida até aos pesqueiros. O pescador que chegasse primeiro ao Tejo, tinha a oportunidade de escolher a Pesqueira do Mochão, a melhor zona para pescar.
A UTAD já classificou outras oliveiras milenares em território nacional, embora não sejam tão antigas como a “Oliveira do Mouchão”. Em Santa Iria da Azóia regista-se uma oliveira com 2850 anos e, em Monsaraz, há um exemplar com 2450 anos.
O trabalho de datação foi liderado pelo Departamento Florestal da UTAD, em 2016, e estimou que a “Oliveira do Mouchão” teria 3350 anos.
A idade estimada da oliveira resulta de um método matemático que relaciona a idade com características do tronco (como o diâmetro, altura ou perímetro).
Esta que é considerada como a árvore mais antiga de Portugal está ainda classificada como Arvoredo de Interesse Público e Árvore Monumental de Portugal pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Com um perímetro médio de peito de 6,5 metros e de base 11,12 metros, a árvore tornou-se uma atração do local e merecedora de milhares de visitas.
A árvore "não revela sintomas de doença e está com uma vitalidade mais que evidente", mas esteve prestes a ser transformada em lenha para a lareira, só não foi devido à rápida intervenção da Junta de Freguesia que impediu o corte da mesma.
Hoje continua a dar azeitona, e quem não gostaria de degustar o azeite da oliveira mais antiga de Portugal....
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