Azenhas do Mar: a aldeia que parece uma pintura

 



A região de Sintra tem lugares, que de tão belos, parecem aguarelas pintadas por um talentoso artista. A aldeia das Azenhas do Mar, é claramente, um desses lugares.





Esta aldeia foi uma das 14 aldeias finalistas das 7 Maravilhas de Portugal e basta vislumbrar de longe o seu pitoresco casario, empoleirado como um presépio, nas falésias sobre o mar, para perceber porquê.



Localizada na freguesia de Colares, a aldeia das Azenhas do Mar desenvolveu-se ao longo da ribeira do Cameijo que corre para o Atlântico e quebra as arribas da costa. As muitas azenhas (moinhos de água) que existiam no local deram o nome a esta antiga povoação cuja verdadeira origem se perde na memória dos tempos. Pensa-se, contudo, que os primeiros moinhos de água datam do período da ocupação árabe.

É uma obra-prima da arquitetura popular e tem vários palacetes e edificações de interesse histórico, particularmente no estilo Português Suave — uma corrente arquitetónica que procurou criar uma arquitetura "genuinamente portuguesa”.






Um dos mentores desta corrente foi o arquiteto Raul Lino, teorizador da casa portuguesa, que criou um estilo em que características modernistas da engenharia eram disfarçadas por uma mistura de elementos estéticos exteriores, nomeadamente painéis de azulejos, inspirados na arquitetura portuguesa dos séculos XVII e XVIII e nas casas tradicionais das várias regiões de Portugal.


 


Foi aqui que em 1927 foi construída a Escola Primária, que serviu de modelo aos edifícios das escolas primárias do Estado Novo. Elaborada pelo arquiteto Raul Martins, o edifício tem como destaque um painel de azulejos com momentos ilustrativos da História de Portugal.

 




Tradicionalmente, para além da atividade de moagem, a população das Azenhas do Mar vivia da pesca, recolha de mariscos (percebes e lapas) e da agricultura, com especial relevo para o vinho.

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